segunda-feira, 19 de janeiro de 2009

Reflexões sobre a crise #1 ...

Para quem quiser se aprofundar mais no tema de créditos de carbono, o endereço www.carbonobrasil.com é uma ótima pedida, com notícias atualizadas sobre o mercado. Duas notícias recentes que me chamaram a atenção fazem referência ao comportamento do mercado de carbono diante da crise econômica mundial.

As negociações no mercado de carbono mundial chegaram a US$118 bilhões em 2008, crescimento de 84% em relação ao ano anterior. Foram transacionadas quatro bilhões de toneladas de permissões de emissão de gases do efeito estufa, o que representa um crescimento de 42% com relação a 2007. Apesar das incertezas econômicas , há uma previsão de que, em 2009, os negócios cheguem a US$ 150 bilhões. Clique aqui para ler a notícia completa.

Este otimismo contrasta com o fato de que as ações do setor de energias limpas cairam 61% em 2008. As mais afetadas foram empresas de energia solar e de biocombustíveis. O barateamento dos combustíveis fósseis e a fuga de investimentos em virtude da crise econômica foram os maiores responsáveis. Porém, o "efeito Obama" trouxe um sopro de vida ao recuperar algumas ações desde o final do ano passado, uma vez que o Presidente eleito nos Estados Unidos prometeu novos investimentos na área ambiental, principalmente com relação à energia limpa. A notícia completa está aqui.

O que podemos concluir é que há uma preocupação generalizada de que a crise afete diretamente os investimentos nas ações ambientalmente responsáveis. Se a empresa tiver que cortar custos, uma das areas quer poderá sofrer é exatamente esta.

Porém, se tais ações são pensadas de forma estratégica dentro da organização, visando oportunidades de negócios, melhor imagem junto a sociedade e valorização da marca da empresa, tais cortes neste setor não são justificáveis. Acredito que, na garupa da crise, teremos um "quem é quem" das ações ambientalmente responsáveis, pois os que pensam estrategicamente, certamente, continuarão com seus projetos neste sentido. Por isto, se alguém acha que não é hora de falar em TI Verde na sua empresa está enganado. A crise não pode ser desculpa para engavetar projetos que sejam justificáveis. Cabe ao gestor de TIC argumentar que tais investimentos garantem retorno e estão alinhados ao programa sustentável da organização. Difícil ? Pode ser, mas não impossível.

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