sexta-feira, 28 de novembro de 2008

GP´s in Rio é CARBON FREE !!!

Eu faço parte do trabalho voluntário do PMI-RIO, capítulo do Rio de Janeiro do Project Management Institute, que promove boas práticas em gerenciamento de projetos. Tenho atuado na promoção do evento "GP´s in Rio", que busca o networking de profissionais da área através de um ambiente descontraído e atividades de integração. Este projeto é ligado à vice-presidência de filiação, hoje a cargo de Déa Beltrão, profissional de grande experiência em GP. No dia 02/12, às 18:30 hs, no restaurante Night & Day no Rio de Janeiro, realizaremos a 5ª edição do evento, cheio de surpresas para filiados e não-filiados.

Entre as inovações desta edição está a neutralização das emissões de carbono do evento, com o plantio e manutenção de 15 mudas que compensarão o equivalente a 2,34 toneladas de CO2. Dentro da máxima ambientalista "pense global, aja local", a iniciativa pioneira do PMI-RIO, mesmo pequena, abre perspectivas de conscientização interessantes para os profissionais, abrindo novos horizontes para seus projetos. Isto endereça diretamente as iniciativas do PMI Internacional, publicado na postagem anterior. Fizemos todo este processo junto à ONG "Iniciativa Verde" (www.iniciativaverde.org.br), que publicou nosso evento em seu site. Com isso, temos o direito de usar em todo nosso material de divulgação o selo "Carbon Free", como todos poderão conferir no hotsite do GP´s in Rio - www.pmirio.org.br/gpsinrio .

Ficam aqui todos os parabéns para a diretoria atual do PMI-RIO, em especial a seu presidente Walther Krause e a vice-presidente de filiação Déa Beltrão.

PMI Publications "Going Green"

Eu, como filiado ao PMI e ao PMI-RIO, envolvido tanto com as boas práticas em Gerenciamento de Projetos quanto em ações sustentáveis em minhas atividades de TI, fiquei muito feliz em ler na "PMI Today" do mês de outubro a matéria com o título deste post. Já não é a primeira vez que o PMI traz matérias sobre Projetos sustentáveis. Há, de fato, uma tendência em que pilares como o meio ambiente e justiça social sejam "stakeholders" cada vez mais considerados em projetos, não só pelo lado da conformidade legal ou benefícios fiscais, mas também como abertura de novos mercados e oportunidade de negócios.

Desde outubro, as publicações "PM Network" e "PMI Today" estão aderentes aos selos "Sustainable Forestry Iniciative - SFI" (www.aboutsfi.org) e "Soy Ink". O SFI garante a procedência do papel das publicações (vindo de florestas sustentáveis e renováveis) e o "Soy Ink" significa que a tinta utilizada é não poluente. Esta adesão será estendida às publicações e standards do PMI (incluindo o PMBoK 4ª edição) e, além de reduzir de fato o impacto ambiental, traz a sustentabilidade para este cenario. Uma vez que todos nós trabalhamos em projetos, vale a pena a conscientização para a quebra deste paradigma.

terça-feira, 2 de setembro de 2008

Mestrado no CEFET-RJ - Inscrições

Entre os dias 10 de setembro e 07 de outubro o CEFET-RJ (PPTEC) estará com inscrições abertas para o seu programa de mestrado, pós-graduação Stricto Sensu em Tecnologia. Minha experiência atual no mestrado em tecnologia tem sido extremamente satisfatória. Poderia definir este curso com a palavra "desconstrução", pois este é exatamente o processo que o excelente corpo docente busca provocar em cada aluno: fazer com que eles próprios "derrubem" suas verdades e as reconstruam gradativamente. Através deste "auto-conhecimento" muitas "certezas" prévias são questionadas, abordagens de pesquisa são revisadas e uma gama muito maior de possibilidades são vislumbradas. Esta é a essência deste programa de mestrado, abrindo as portas da percepção através da filosofia, da gestão da inovação, da teoria organizacional.

Pude, com o programa de mestrado do CEFET-RJ, ampliar meu horizonte de pesquisa sobre a TI Verde sob a ótica da inovação. Sustentabilidade é um tema recorrente em qualquer disciplina do CEFET-RJ e é palavra de ordem entre os professores. Como bem disse hoje o Prof. José Peixoto, há um "paradigma da sustentabilidade" nos dias atuais, o qual só tende a crescer. Por estas e outras, acredito que minha pesquisa neste tema tem sido muito enriquecida e eu tento, na medida do possível, colocar tais ponderações aqui neste blog. Cada professor conhece os alunos pelo nome, e nesta relação muito próxima a dialética é o motor do conhecimento. Sem querer categorizá-lo como melhor ou pior do que outros, o que me interessa aqui é destacar este programa de mestrado como diferente, a começar pelo processo seletivo do ano passado. Elaborado com extrema inteligência, deu chance a todos de mostrarem suas linhas de pesquisa e a defenderem junto a uma banca de professores, tudo com muita transparência. Como se dizia no passado, "quem tinha garrafa vazia prá vender" se deu bem.

Fica aqui a dica, principalmente para os cariocas, de um ótimo curso de mestrado nas áreas de Desenvolvimento de Tecnologias Integradas a Produtos e Processos, Organização e Gestão da produção e Gestão da Inovação e Informação Tecnológica. Meu mestrado termina no final de 2009, mas confesso que já lamento o fato de saber que daqui há um ano estarei na fase final deste convívio. Para acessar o site do CEFET-RJ clique aqui.

sábado, 30 de agosto de 2008

Sustentabilidade e Governança

Ainda no evento do CREA-RJ, uma grande alegria foi conhecer pessoalmente Carlos Eduardo Lessa Brandão, membro do IBGC (Instituto Brasileiro de Governança Corporativa) e há tempos um grande batalhador pela adesão empresarial à questão sustentável sob a perspectiva da Governança Corporativa. Aliás, esta é uma abordagem que eu, como profissional de TIC, sempre procurei dar ao meu trabalho em TI verde: realizá-la não de forma pontual, mas sob o escopo da Governança de TI e alinhada com as estratégias de negócio da organização. A TIC sustentável não é apenas usar papel reciclado ou mandar os equipamentos obsoletos para programas de reciclagem. É uma questão cultural e de realinhamento de processos que vai muito além disso. Na hora em que os gestores acordarem, verão como é possível obterem ganhos reais com seus processos de mudança.

Fiquei durante algum tempo conversando com Carlos e também com Eliane Sarmento, arquiteta de projetos sustentáveis, de quem eu ainda vou falar aqui neste blog. O papo foi ótimo e enveredou pelo "The Natural Step", outro tema que merece postagem especial. Foi um grande prazer trocar idéias com o Carlos, de quem já li vários artigos na internet, além de documentos que ele preparou para o IBGC. E, prá completar, ele ainda tem muito conhecimento sobre TI Verde, o que me deixou muito entusiasmado.

Vale a pena uma visita à página do IBGC e também baixar alguns de seus ótimos documentos gratuitos, como o código de boas práticas e o relatório "Sustentabilidade e Governança".

CREA e a sustentabilidade

Pois é, ontem, 29/08, aconteceu no CREA-RJ o encontro "Desenvolvimento Sustentável: Uma visão Global", com painéis que apresentaram este tema em várias diferentes frentes. Áreas como a aviação civil, supply chain, capital social, indústria de óleo e gás e governança corporativa foram abordadas com inteligência pelos palestrantes, tendo na sustentabilidade um pilar estratégico. Na segunda parte do evento, convidados internacionais de Universidades da Espanha, Suécia, Ucrânia e Holanda mostraram como o desenvolvimento sustentável vem sendo tratado em seus cursos de graduação e pós-graduação.

Confesso que me surpreendi com a qualidade das pessoas que lá estiveram, inclusive do público presente. Este tipo de evento é ótimo para encontrarmos alguns "pares" de luta pela sustentabilidade empresarial, algo ainda em construção no Brasil. O papo nos intervalos foram tão bons quanto às rápidas palestras (cerca de 15 minutos), que, mais do que aprofundarem os debates, serviram para provocar a platéia sobre as várias possibilidades de tratarmos a questão sustentável em nosso dia a dia profissional.

O Prof. Karel Mulder, da Holanda, apresentou seu livro "Sustainable Development for Engineers", que em breve será lançado aqui em português pela editora WGB. A Tecnologia da Informação não foi tema de nenhuma palestra, mas esteve nos papos dos bastidores, claro. Em uma próxima edição, é um tema que poderá ser considerado. Deixo meus parabéns pela iniciativa do CREA-RJ e dos colegas da Rumax Consultoria em Sustentabilidade Empresarial, que organizaram o evento.

segunda-feira, 11 de agosto de 2008

Green IT como elemento estratégico

Um evento muito simpático foi o UC Day 2008, realizado na Marina da Glória, Rio de Janeiro, pela Nortel. A bordo do Pink Fleet, a Nortel apresentou suas soluções em parceria com a IBM e a Microsoft com relação a comunicação unificada, com um portfolio interessante que a coloca como um dos grandes players atuais de mercado.

O que mais me chamou a atenção foi a palestra de John Kenning, executivo da Nortel para contas globais que veio ao Brasil falar da estratégia da Nortel para a comunicação unificada. Em cerca de 30 minutos, ele falou algumas vezes sobre o tema sustentabilidade e "Green IT", ratificando que a Nortel vê tal abordagem com diferencial competitivo e, desta forma, a trata como elemento estratégico. Pude rapidamente conversar com ele e falei de meu entusiasmo em ouvir isso. Conversando com outros profissionais da Nortel no evento, soube que a Nortel já realizou eventos no Brasil onde a TI Verde é tema central.

Além de uma ótima tarde, o evento trouxe boas novidades na área de comunicação unificada e mostrou como uma companhia global na área de comunicação trata a TI Verde, exatamente na linha estratégica que vem sendo discutida aqui neste blog. O site da Nortel para mais informações é www.nortel.com .

quarta-feira, 9 de julho de 2008

ISO 26.000 com Força Total


Excelente. Esta foi minha impressão do ISO/Petrobras/ABNT Social Responsibility Regional Workshop, realizado nos dias 03 e 04 de julho no Hotel Glória, RJ. O objetivo foi discutir alguns pontos do "Draft" (rascunho) da ISO 26.000, que trata de responsabilidade social. Pude ler antecipadamente as 90 páginas do draft da ISO e achei muito bom, apesar de coisas que podem ser melhoradas. Há um detalhado posicionamento de como todos os atores nos vários tipos de organização podem contribuir para iniciativas de responsabilidade social.

Esta norma, prevista para estar pronta até 2010, não prevê certificação. Por ser de adesão voluntária, a discussão é cuidadosa em como trazer e motivar as organizações para dar esta abordagem aos seus processos produtivos e de negócio. Foi muito interessante conversar com vários representantes da América do Sul (Equador, Venezuela, Argentina, Uruguay, Chile, Peru, Colômbia) além de um dos representantes internacionais da ISO, o austríaco Martin Neureiter, e eu pude colocar como vejo a responsabilidade sócio-ambiental na área de Tecnologia da Informação, tema que agradou muitas das pessoas. Ótimas palestras de ativos integrantes da discussão da norma como Aron Belinky (Ecopress), Jorge Cajazeira (do Grupo Suzano) e do próprio Martin Neureiter. O Comitê Espelho do Brasil aproveitou para fazer sua 5ª reunião e o saldo foi bastante positivo.

Os comentários sobre este draft seguem para a ISO Internacional no dia 11 de julho, e uma nova rodada de discussões está prevista para setembro, no Chile. Minha impressão foi a melhor possível, tanto da norma quanto da qualidade das pessoas envolvidas.

"Edifícios Verdes" entre os temas do Clima Rio 2008

O Clima Rio 2008 aconteceu entre os dias 11 e 13 de junho no Centro de Convenções Sulamérica, no Rio de Janeiro. Eficiência energética foi um tema recorrente nas palestras, mas eu gostei particularmente das apresentações sobre "Green Buildings" (Edifícios Verdes) e as normas e certificações existentes neste próspero setor.

Uma delas é o LEED, The Leadership in Energy and Environmental Design (LEED) Green Building Rating System, que já começa a ser condição em muitos projetos. No centro da cidade de Seattle, por exemplo, as construções tem que atender, no mínimo, ao nível prata da certificação LEED. Os padrões ASHRAE, sigla de "The American Society of Heating, Refrigerating and Air-Conditioning Engineers", também prevêem certificações. Apesar de não serem feitas especificamente para Datacenters, tais padrões possuem discussões neste sentido devido à forte demanda por Datacenters verdes, principalmente nos EUA.

Vale a pena uma olhada nestes websites para um melhor esclarecimento do que tem sido feito nesta área.

Sustentabilidade e Gerenciamento de Projetos

O PMI-Rio e a Option Brasil realizaram nos dias 26 e 27 de junho o "6º Encontro Nacional de Profissionais em Gerenciamento de Projetos" na FIRJAN, RJ. Foi um excelente evento com grande número de participantes e boas palestras. O interessante foi perceber como a questão da sustentabilidade começa a aparecer espontâneamente nas apresentações das empresas.

Na palestra da Módulo Security Solutions, por exemplo, ela foi rapidamente mencionada como exemplo de questão a ser tratada no âmbito de Projetos de Governança, Risco e Conformidade Regulatória. Já na palestra da TIM Brasil, feita por um de seus diretores, Walter Gassenferth, da área de Processos e Qualidade, o que me animou foi que a sustentabilidade ganhou contornos de objetivo estratégico, começando a ser considerada no BSC da empresa e atrelada aos processos de qualidade da TIM. Não resisti e perguntei sobre TI Verde, e a resposta foi que a TIM Brasil está em estágio inicial desta abordagem, vendo-a como agente transformador do negócio. Aliás, foi muito interessante entender como a TIM sincroniza Projetos, Processos e Estratégica, num ciclo de melhoria contínua da organização.

É gratificante ver que, pouco a pouco, as empresas brasileiras tem notado que o desenvolvimento sustentável, além de um dever de toda a organização nesta virada de século, é também um "driver" real de negócios. Citando Ellen Mignoni, Vice-Presidente Senior da APCO Worldwide em Washington, D.C., em entrevista publicada na revista PM Network de junho/2008, "Responsabilidade Social não é apenas algo “legal de fazer”. É como os negócios operam hoje em dia". Falou e disse.

sexta-feira, 16 de maio de 2008

O ADEUS DE MARINA

A grande repercussão do pedido de demissão da ministra Marina Silva deixa a clara impressão de que este episódio é, sem dúvida, muito ruim para a imagem do Brasil no exterior. Marina, com longa trajetória na militância ambientalista, simbolizava, no posto mais alto do ministério, a resistência ä prática do desenvolvimento inconseqüente e a valorização do desenvolvimento sustentável. Numa perspectiva organizacional, sua visão ambientalista mais radical significava o anteparo contra políticas desenvolvimentistas agressivas ao meio ambiente. Não por acaso, seu nome constou entre as cinquenta pessoas que o jornal inglês “The Guardian” listou como aquelas que poderiam “salvar o planeta”.

De ativistas de organizações como o Greenpeace até políticos internacionais, a saída da ministra foi recebida com pesar, uma vez que ela sempre primou por legislar, de fato, em favor da causa ambientalista: “eu perco o pescoço mas não perco o juzo” , disse Marina há cerca de um ano atrás, quando já existiam pressões contra a política ambiental do governo Lula, a qual ela, na essência, sempre defendeu. A verdade é que, entre outras questões, o Ministério do Meio Ambiente (MMA) foi um severo questionador do “PAC a qualquer custo”, vide as confusões na concessão de licenças para hidrelétricas no país, como no caso do Rio Madeira e o "reposicionamento" do projeto sobre a BR-163.

Nesta semana, antes do anúncio da saída da Ministra, em um evento sobre Meio Ambiente que eu participei aqui no Rio de Janeiro, ouvi da coordenadora geral de economia de energia do Ministério das Minas de Energia, a Sra. Ceres Cavalcanti, que há um claro embate entre os dois Ministérios. Nas palavras da coordenadora, “o MMA tem nos dados um trabalho danado”. E ainda sinalizou que os entraves causados pelo MMA deveram-se à “falta de planejamento ambiental”. Vê-se claramente como estava a situação de Marina junto aos seus "parceiros" de governo.

A saída da Ministra ocorreu um dia antes da chegada da primeira-ministra alemã Angela Merkel, que veio ao Brasil tratar, entre outras coisas, sobre acordos relacionados exatamente ao Meio Ambiente, e na mesma semana em que o governo brasileiro apresentou seu plano de política industrial. O plano, onde o BNDES favorece as indústrias com financiamentos e taxas de juros menores, sequer menciona, de forma inacreditável, uma política clara quanto à perspectiva ambiental, o que é inadmissível.

Não quero aqui discutir a excelência de Marina Silva como gestora. Pode até ser que este não seja um de seus melhores atributos, mas é inegável que ela conhece a realidade ambiental brasileira. Ontem, em sua entrevista coletiva sobre sua decisão, ela disse que a política ambiental do governo Lula deve ser feita COM a sociedade e não PARA a sociedade, priorizando o diálogo. A discussão entre posturas distintas sobre o mesmo tema é sadia. Marina espera que o compromisso da política ambiental brasileira seja renovado com a chegada de Carlos Minc, o novo ministro. E sobre o Minc, a gente fala em outra postagem.

E o que o tema de nosso blog tem a ver com tudo isso ? Muita coisa. Nós, profissionais de TI que primamos pelas boas práticas de Governança “top-down”, ou seja, que tenha o comprometimento do alto escalão de nossas organizações para o sucesso de nossos projetos e obtenção dos resultados esperados, percebemos em nossa própria cúpula governamental, ao que parece, que a política ambiental brasileira ainda não é um compromisso, de fato, assumido por todos. Em toda esta confusão, fica a impressão de que há uma inversão dos fatores: ao invés do desenvolvimento estar sujeito ao impacto ambiental, é o meio ambiente que parece estar fadado à subordinação em relação ao desenvolvimento.

No caso da TI Verde, quando relevamos as práticas de responsabilidade ambiental na área de TI em nossos ambientes de trabalho, desejamos que estas iniciativas sejam potencializadas de forma a gerar retorno para as organizações. Um dos pilares da TI Verde, e da Governança de TI como um todo, é que tais ações agreguem valor ao negócio, seja no mercado de capitais, em redução de custos, na imagem junto ao consumidor ou algum outro ponto. Mas que haja também um entendimento de que toda a ação tem uma Taxa Interna de Retorno, e que esta nem sempre pode ser imediata. O planejamento estratégico da organização está aí mesmo para que tudo isto seja levado em consideração na definição dos programas . E a TI Verde deve ser entendida como uma ação estratégica.

Finalizando, o pseudo-radicalismo da ex-ministra, que foi contestado por muitos de seus opositores, foi, sem dúvida, um instrumento extremamente necessário para a instauração de um diálogo abrangente, diálogo este que possa permitir ao país encontrar seu ponto ótimo na equação entre o crescimento e o respeito ao meio ambiente. Da mesma forma continuaremos a lutar por políticas verdes em TI que dêem vantagem competitiva às organizações, mas que também gerem ações de responsabilidade ambiental e social das quais nossos filhos e netos nos serão gratos daqui há alguns anos. Conseguir "fechar esta conta" é o nosso maior desafio.

segunda-feira, 12 de maio de 2008

ASUS também é verde


A fabricante Asus, de Taiwan, apresentou no último dia 22 de abril em Taipei uma linha de computadores ‘verdes’, incluindo o curioso ES500 da foto ao lado. Os equipamentos, revestidos por bambu e madeira, seguem a recomendação RoHS (para quem não sabe, “Restriction of Hazardous Substances”). O RoHS é um conjunto de diretivas que restringem o uso de certas substâncias na produção de manufaturados na União Européia e começou a ser adotado em 2003.

Além disso, a famosa marca apresentou sua nova linha de placas-mãe para computadores, equipadas com o exclusivo ASUS EPU (Energy Processing Unit). Esta série eco-eficiente é baseada no chipset Intel® P45. Leia a matéria completa aqui. Será que os tigres asiáticos agora são "verdes" ???

sexta-feira, 9 de maio de 2008

III CNMA acontece em Brasília


Depois de um amplo processo de Conferência Estaduais do Meio Ambiente, realizados até a primeira quinzena de abril deste ano, o Ministério do Meio Ambiente (MMA) mobiliza o País para a III Conferência Nacional do Meio Ambiente (CNMA), que será realizada de 7 a 10 de maio de 2008, em Brasília. Esta edição tem o desafio de debater uma das principais preocupações ambientais do planeta: as mudanças climáticas. O tema, que até então estava restrito à comunidade científica e governos, ganhou as ruas após a divulgação dos últimos relatórios do Painel Intergovernamental de Mudanças Climáticas (IPCC). Atualmente, o mundo inteiro se debruça na busca de soluções para enfrentar os impactos causados pelo aquecimento global.

Quando o MMA diz que espera "contribuir para esta discussão, disseminar o conhecimento técnico-científico e político relativo ao tema e identificar soluções para sua mitigação e adaptação", para mim é bastante claro que o tema "TI Verde" deve fazer parte deste debate. Há uma preocupação na criação de um "Plano Nacional de Mudança do Clima", já em fase de elaboração pelo governo brasileiro, que faz um convite para que a sociedade brasileira - governos, empresários e sociedade civil - entre neste processo de democracia participativa. A idéia é que todos os cidadãos assumam suas responsabilidades para a construção de sociedades sustentáveis. Infelizmente, não vi nas pautas de discussão da Conferência nada diretamente relacionado à TI, mas vale consultar futuramente os anais da Conferência para saber com detalhes o que aconteceu por lá.

A plenária nacional não é aberta ao público em geral, participando apenas os delegados eleitos nas Conferências Estaduais e delegados natos. Mas todo este processo de discussão é o Forum ideal para que possamos incluir a discussão de TI Verde num âmbito mais abrangente, buscando marcos regulatórios que direcionem as organizações a ter boas práticas de gestão ambiental em suas áreas de TI.

Leia mais sobre a III CNMA aqui.

segunda-feira, 5 de maio de 2008

REGULAMENTAÇÕES À VISTA

O WBCSD -World Business Council for Sustainable Development (Conselho Mundial de Negócios para Desenvolvimento Sustentável) publicou em sua página um artigo da IPS - Inter Press Service News Agency - que revela que muitas companhias fornecedoras de grandes corporações em todo o mundo estão conscientes que regulamentações legais surgirão muito em breve e que devem , desde já, medir suas emissões de GEE (Gases de Efeito Estufa).

Grandes corporações mundiais, como a Unilever, por exemplo, podem não emitir tantos gases através de suas próprias instalações, mas se considerarmos seus inúmeros fornecedores, esta quantidade passa a ser muito significativa. E não há como negar que eles, fornecedores, não fazem parte deste processo.

"Ao contrário dos políticos, as corporações tem vidas longas. E todo o dia consumidores "votam" com seus dólares", diz Paul Dickinson, CEO do Carbon Disclosure Project (CDP), organização sem fins lucrativos britânica que está coordenando este esforço.

Há uma clara preocupação em duas vertentes. A primeira trata da questão da questão do "Carbon Footprint" e quem, de fato, deve assumir esta dívida, já que regulamentações legais claras com relação a questão ambiental é questão de muito pouco tempo. A segunda revela a preocupação com os consumidores, que cada vez mais orientam suas escolhas através de questões de responsabilidade sócio-ambiental.

Leia a matéria completa aqui.

BRASIL ECO SHOW

Acontece entre os dias 11 e 14 de maio, no Centro de Convenções Sulamérica, Cidade Nova, Rio de Janeiro, o Brasil Eco Show 2008. Há uma boa variedade de atrações na exposição gratuita: Eco-Casa, Espaços Culturais, Feira Ecológica Cultural, além de estandes de empresas ligadas ao tema verde.

Completam o evento os seminários "Construindo o Desenvolvimento Limpo", onde temas como o MDL serão abordados, e "Conservando energia para o futuro", tratando de assuntos como eficiência energética e co-geração. Vale lembrar que os seminários são pagos.

Mais informações na página www.brasilecoshow.com

terça-feira, 1 de abril de 2008

NA ESTRADA ... E ON-LINE

Esta postagem, de verde, só mesmo a mata passando ao fundo da foto, pela janela. Aqui eu estou num ônibus viajando de Nova York para Long Island, a uma velocidade de cerca de 80 kilômetros por hora. O interessante é que neste ônibus havia um serviço de rede sem fio gratuito, fornecido pela Wi-RAN desde 2004 neste trajeto. Dentro do ônibus temos o Wi-Fi tradicional, mas a comunicação do ônibus com a internet acontece pela rede celular da AT&T, Sprint, Verizon ou T-Mobile, dependendo da área onde o ônibus trafega.

Até aí, nada de mais, mas o curioso é a ótima conexão. Eu usei youtube, Skype com câmera, tudo tranquilamente, áudio e vídeo perfeitos. Não dá prá perceber a troca de células da rede celular, e os serviços multimídia realmente não ficaram comprometidos. Mesmo não sendo de grande velocidade (o máximo vai até 200 kbps), a qualidade do serviço prestado impressiona, tudo gratuito para os passageiros. Wi-RAN significa "Wireless Rolling Area Network" e a empresa é uma joint-venture da CEDX e Best-Mobile Computing.

Como um profissional há anos na área de Redes e Telecom, não podia deixar de comentar isso, mesmo não se tratando necessariamente de uma iniciativa Verde em TI.

GREEN NEW YORK 2

Esta simpática moça na foto é Pamela Levine, Program Director do IDC para o "Green IT Forum". E o não menos simpático homem ao seu lado sou eu, todo agasalhado, que fui obrigado a encarar uma temperatura de cerca de zero graus (ventava muito no dia do evento) pelas ruas de Manhattan até chegar ao Marriot New York Downtown. Mas valeu a pena, pois no Forum falou-se do impacto de tecnologias emergentes, controle de custos com energia, conformidade regulatória, Datacenter Verde, reciclagem de equipamentos e "e-waste", métricas para consumo de energia em Datacenter, virtualização, entre muitas coisas. Tem muito assunto prá gente discutir por aqui.

GREEN NEW YORK

No último dia 28 de fevereiro, eu estive em Nova York e participei do IDC GREEN IT FORUM EAST, realizado, claro, pelo IDC. O evento foi no belo hotel Marriot, localizado em Downtown , o centro nervoso de negócios da encantadora ilha de Manhattan. Havia cerca de 200 pessoas no local, entre profissionais de TI, negócios e consultores. A programação vc pode conferir aqui.

Foi um evento muito bem organizado, com rígido cumprimento no horário, boa participação do público e um ótimo almoço (afinal de contas, quem não gosta de comer bem em um evento ?). Creio que eu era um dos poucos estrangeiros presentes, senão o único. Foi uma boa oportunidade para conversar e trocar experiências com tantas pessoas diferentes e interessantes e saber que, mesmo para os americanos, iniciativas verdes em TI é algo ainda bastante novo nas organizações em geral. Apenas alguns grandes players de mercado como a IBM, Intel e a Ford, presentes no evento, tem projetos de "Green IT" em andamento. Sob este ponto de vista é ótimo saber que temos a chance de provocar este movimento no Brasil ao mesmo tempo em que este processo ainda está em fase de iniciação em outros países.

Aos poucos vou comentando algumas palestras e minhas impressões sobre este excelente evento.

terça-feira, 12 de fevereiro de 2008

GREEN GRID DE OLHO NA ENERGIA

O Green Grid é um consórcio global dedicado à eficiência avançada de energia em Data Centers e ambientes computacionais de negócios. Sua missão envolve a definição de modelos e métricas, padrões, métodos para medição, revisão de processos e tecnologias para a melhoria da performance do consumo em Data Centers.

Em notícia do Network World de 08/02 (clique aqui), o Green Grid anunciou que pretende tomar iniciativas ambiciosas em relação ao consumo eficiente de energia. O consórcio reuniu seu comitê técnico, não por acaso, em São Francisco, EUA. Curiosamente, ontem o programa "Mundo S/A" da Globonews, apresentado pelo jornalista Rodrigo Alvarez, mostrou como a cidade de São Francisco, com seus tradicionais ônibus e bondes elétricos, aposta em energias alternativas e vem se tornando um modelo de iniciativas "verdes" através de experiências na produção de energia provenientes de ondas marinhas, fezes bovinas e outras inovações.

O interessante da matéria da Network World são alguns dados apresentados: o uso de energia em Data Centers nos Estados Unidos em 2011 será o equivalente a 100 bilhões de kWh, ou 2,5 % de todo o custo de eletricidade, cerca de U$ 7 bilhões. Em 2006 este custo foi de U$ 4,5 bilhões. A demanda por consumo tem crescido 12 % ao ano e a meta do Green Grid é chegar em 2011 economizando 10 % da energia projetada, cortando 10,7 bilhões de kwh e reduzindo as emissões de gás para 6,5 milhões de toneladas de CO2.

Já deu prá perceber que energia eco-eficiente está em alta nas grandes organizações.

sexta-feira, 8 de fevereiro de 2008

COMPRA SUSTENTÁVEL

Em outubro do ano passado, o Gartner citou suas 10 principais tecnologias estratégicas para 2008 (leia artigo da Network World aqui), onde a TI Verde - Green IT - aparece com um papel relevante. Agora em 2008, o Gartner apresenta suas previsões para 2008 e lá está novamente a TI Verde (artigo aqui). Para o Gartner, as considerações ambientais irão afetar cada vez mais as decisões de compra em TI, tornando-se em breve um dos critérios para aquisições nas organizações.

Não há dúvidas de que há uma forte tendência para que existam regulamentações para a compra de equipamentos eco-eficientes, principalmente no exterior. Na Europa, a diretiva RoHS (Restriction of Hazardous Substances - “Restrição de uso de Substâncias Nocivas”), que trata o ciclo de vida de produtos eletro-eletrônicos, é um exemplo do que poderá tornar-se um padrão. E da mesma forma que algumas empresas, principalmente européias, exigem a procedência de matéria prima importada de outros países (visando saber se são resultados de extração ilegal), não tardará para que os processos de aquisição de equipamentos por parte das organizações sejam norteados por padrões e índices de eco-eficiência e substâncias não-nocivas em sua fabricação, entre outros.

Vale lembrar uma postagem minha de janeiro em que eu comento o Planejamento Energético Nacional (clique aqui). Entre as medidas do Governo Federal está a exigência do selo A do Procel na compra de equipamentos, visando reduzir o consumo de energia. Estamos ou não caminhando para a "compra sustentável" ?

quinta-feira, 7 de fevereiro de 2008

ENQUANTO ISSO, MUNDO AFORA ...






... o tema vai esquentando. Nos dias 07 e 08 de maio acontecerá o "GREEN IT 08" em Londres, evento que conta com o patrocínio da Microsoft, VMware e Dell, entre outros, e as parcerias do Forrester Research e da Computer World UK. Entre as palestras, achei interessante uma cujo título é "Convencendo seu CFO ou CEO da necessidade de uma estratégia para TI Verde". Já pensou uma receita para isso ? O link do evento está aqui.

Agora em fevereiro acontece o "IDC GREEN IT FORUM EAST" em Nova York, no dia 28. A programação promete bastante, confira aqui. Promovido pelo IDC e com patrocinadores de peso como IBM, Intel e VMware (olha ela novamente como patrocinador, apostando na força "verde" da virtualização), o evento terminará com um grande painel discutindo o equilíbrio entre custos e considerações ambientais. Muito legal.

E o Brasil ainda carece de eventos sobre este assunto. Meu sonho é poder organizar um Forum como este por aqui, e provocar este tema entre os gestores de TI. Minha ótima experiência no ano passado com o evento sobre Governança de TI que organizei junto à PUC-Rio e o itSMF Brasil / LIG-RJ aqui no Rio (clique aqui e acesse o link do evento) até me anima a fazer isso, quem sabe ...

IT e BT

Outro dia eu ouvi novamente o termo "Tecnologia de Negócios" (Business Technology), que foi cunhado em 2006 por George Colony, CEO do Forrester Research. Acredito que a leitura deste artigo (clique aqui) tem muito a ver com o foco que eu dou à TI Verde, principalmente pelo fato de vê-la como uma oportunidade de negócios. Para Colony, o termo "Tecnologia da Informação" deveria mudar para "Tecnologia de negócios", uma vez que, nos dias atuais, o negócio é a tecnologia e a tecnologia é o negócio.

Ainda há um vídeo do mesmo George Colony no Forrester's IT Forum 2007, onde ele trata o mesmo tema, chamando a atenção para as "sete coisas que um CIO deve falar com seu CEO na hora do cafezinho". Muito bacana. O link está aqui. A oitava coisa, quem sabe, poderia ser "Green IT" ...

itSMF BRASIL TEM NOVO PRESIDENTE

No último dia 31/01, Sergio Rubinato Filho foi eleito o novo presidente do itSMF Brasil. Na última gestão ele ocupou o cargo de vice-presidente. Geraldo Coen, o pŕesidente anterior, preferiu não se candidatar a nenhum posto e continua no Forum como conselheiro. A nova direção ainda tem Mário Gajanigo, da CSC, como vice-presidente; e Alexandre Campos, Vera Vaitkunas e Jorge Cordenonze, como diretores. Não há dúvidas que, em seus quatro anos de atuação no Brasil, o itSMF colaborou muito na divulgação das boas práticas em gerenciamento de serviços de TI. Em pesquisa recente do próprio Forum junto a 200 empresas, 23 % responderam que já investem em iniciativas de ITIL, enquanto 10 % optaram por ISO 20.000.

Uma vez que as práticas de responsabilidade ambiental em TI também se apóiam no tripé básico processos-pessoas-tecnologia, o que significa realizar a própria governança, seria interessante que a nova gestão ampliasse suas ações neste sentido. Uma boa iniciativa de responsabilidade sócio-ambiental foi apresentada no itSMF Brasil Conference 2007. No evento realizado em São Paulo em outubro do ano passado, o itSMF mostrou seu Programa de neutralização de carbono em parceria com a Reserva da Biosfera do Cinturão Verde da Cidade de São Paulo (RBCV), onde foram destinados recursos para o plantio de 250 árvores para neutralizar parte dos efeitos da emissão de carbono e demais gases do efeito estufa decorrentes da conferência. Sem dúvida, esta foi uma iniciativa inovadora em melhores práticas na produção de eventos e chamou a atenção para esta questão dentro dos ambientes de TI. Leia a matéria completa aqui.

Eu não tenho dúvidas de que iniciativas em TI Verde devam existir sob a perspectiva da Governança de TI. E neste ponto o Forum pode ajudar a endereçar práticas "verdes" em itSM. Esta seria uma discussão interessante que, com a força do itSMF, poderia alavancar a TI Verde aqui no Brasil.

sexta-feira, 1 de fevereiro de 2008

VIRTUALIZAÇÃO

A virtualização tem sido um dos xodós dos Data Centers ao redor do mundo. A tecnologia que potencializa a capacidade de processamento dos servidores de rede sacudiu o mercado e fez da VMware uma gigante no setor. Com a chegada do Nexus 7000, novo switch da Cisco para Data Centers de missão crítica, a virtualização é justamente uma das tecnologias que mais irão se beneficiar. Em matéria da Computer World EUA (leia aqui), o analista do Yankee Group Zeus Keravala, afirma exatamente isso: "A Cisco desenvolveu um equipamento que atende às necessidades atuais dos data centers e vai permitir às corporações implementar o conceito de virtualização em larga escala”.

O novo switch chega em boa hora para a Cisco brasileira, envolvida em escândalos de sonegação fiscal, e também para a VMware, que na última terça-feira viu seus papéis despencarem mais de 30%, de 83 para cerca de 57 dólares, na Wall Street. A matéria completa está aqui. Apesar do bom desempenho em 2008, as previsões de faturamento da companhia foram mais modestas do que a dos analistas de mercado. Entre muitas explicações, o aumento da competição foi citado por seus executivos como motivo destas previsões. Vale lembrar que a Microsoft resolveu entrar pesado neste mercado.

A virtualização é uma das tecnologias que estão na pauta de Data Centers "verdes", uma vez que, como foi dito, diminuem o percentual ocioso dos servidores, dando bastante flexibilidade à gestão de aplicações e um menor consumo de energia do Data Center.

Em tempo: prá quem se animou com o novo lançamento da Cisco, o preço inicial do Nexus 7000 é U$ 75,000 .

quinta-feira, 31 de janeiro de 2008

BEM NA FOTO

O IDG News Service divulgou no último dia 29/01 que a Intel e a Nokia planejam reduzir o impacto de seus negócios sobre o ambiente. Clique aqui para ler a notícia completa no Computer World.

O que eu gostaria de destacar é o viés de negócio que as iniciativas destas duas companhias buscam: valorização da imagem. A estratégia da Intel baseia-se na compra de créditos de carbono e, como explica Matt Clouse, diretor da Green Power Partnership, da Agência de Proteção Ambiental dos Estados Unidos, "muitas das companhias que estão comprando energia verde lidam diretamente com o consumidor e investem grandes quantias em marketing para a sua marca e produtos. E esta é uma boa maneira – e de custo reduzido – de fazê-lo, além de também atender a aspectos ambientais que melhorem a sua imagem”.

Já a Nokia anunciou um grande plano de redução de energia até 2012, associou-se ao "Climate Savers" do World Wildlife Fund (WWF), grupo do qual a Microsoft já é associada, e também planeja reduzir o consumo de energia dos carregadores de seus telefones celulares.

Fica claro que iniciativas "Verdes" estão alinhadas com o conceito de Governança Corporativa destas empresas, é uma estratégia de negócio. O olhar para a diminuição do impacto ambiental de toda a TI em uma organização pode (e deve) considerar fatores estratégicos, como esta notícia nos mostra de forma bastante evidente. Mais uma razão para os gestores de TI, ao alavancarem iniciativas desta natureza, considerarem o retorno da imagem como uma "necessidade empresarial" do seu projeto. Para todos ficarem bem na foto.

O VALOR DO RH


Esta semana eu estive em outro evento da HP, sobre a nova linha de storages da empresa. Antes da apresentação dos produtos, aconteceu um simpático "Demo Cooking" com o Chef Manuel Coelho. Ele descontraiu os participantes com uma excelente demonstração de como se fazer um churrasco, desde a preparação da carne até ao ponto de degustação ideal para cada tipo de paladar.

E o que eu quero dizer com isso ? Que o valor de iniciativas de integração de RH nas organizações é muito importante. Esta simples e eficiente estratégica de integração do evento me fez sair de lá pensando como é fundamental toda esta dinâmica de gestão de pessoas no sucesso de nossos projetos. Todas os modelos de boas práticas utilizadas em TI (ISO 17799, ITIL, CobiT, PMBoK, entre outros) lidam com este tema, e não é por acaso. O tripé Processos, Pessoas e Tecnologia está presente em todas as organizações e configura-se no grande foco para iniciativas de Governança. A TI Verde, da mesma forma, endereça exatamente reestruturação de processos, baseado em tecnologias (que surgem a todo o momento) e "pessoas". É fundamental uma mudança cultural para que o universo de funcionários e colaboradores contribuam com as iniciativas propostas em um projeto de TI Verde. E, da mesma forma que um gestor de TI faz parcerias com seu RH para campanhas de conscientização, planos de recompensa e atividades de integração em muitos de seus projetos, deverá fazê-las também para iniciativas "Verdes".

Lembre-se: nas organizações, nosso trabalho é, essencialmente, feito em equipe.

quinta-feira, 24 de janeiro de 2008

BLADE x RACK

Hoje foi o "Blades Day", organizado pela HP e Intel no Rio de Janeiro como estratégica de divulgação da nova linha de servidores Blade c-Class: o c3000 e o c7000. Tudo bem, servidores Blade não são novidade no mercado, a própria HP já comercializa esta solução há cerca de sete anos. Mas a verdade é que a adoção de servidores Blade ainda é incipiente, com grande potencial de crescimento no mercado brasileiro. Meu interesse maior no evento residiu na eficiência de consumo de energia dos "boxes" Blade, que prometem consumo até 40 % menor do que os servidores tradicionais em rack. Não pretendo entrar em outras vantagens propagadas na apresentação, mas é fato que o gerenciamento de energia em um "enclosure" Blade ("enclosure" é como a HP chama a caixa Blade) é muito mais fácil e dá indicadores bastante diversificados do consumo de cada componente, desde os servidores propriamente ditos e switches até os ventiladores e fontes, além de. claro, dar o consumo geral em KW e BTU. Considerando que um dos objetivos primeiros da "Green IT" é, justamente, fazer os gestores de TI olharem para seus gastos de energia, não há dúvidas de que o software de gerenciamento da família c-Class é uma mão-na-roda.

A tecnologia Blade está nativamente alinhada com o conceito de virtualização de servidores, outra tendência mundial, o que a torna uma solução que merece atenção para projetos de Datacenters "Verdes". Não é surpresa que ela tem sido uma opção bastante utilizada globalmente, como foi confirmado no evento "Data Center World" no Texas, EUA. que ocorreu no segundo semestre do ano passado. Uma questão que foi levantada neste encontro é que a tecnologia Blade poderia contribuir para elevar o consumo de energia por metro quadrado em Datacenters e, consequentemente, também demandaria novas técnicas de refrigeração do espaço, uma vez que há mais máquinas em operação por metro quadrado.

Na minha opinião é claro que, teoricamente, os "boxes" Blade poderiam consumir mais por metro quadrado do que uma solução em rack, já que reunem um número maiores de servidores. Porém o componente de eficiência energética é um fator a ser ponderado e tem sido um dos grandes marketings para a venda destes produtos. Como disse acima, a HP prometeu economia de até 40 % em relação à mesma configuração com solução rack.

No final das contas, temos que considerar tudo isto em nosso projeto para saber se realmente "mais vale um Blade na mão do que dois Racks aposentados".

quarta-feira, 23 de janeiro de 2008

DEU NO "O GLOBO"

Na edição de domingo 20/01, acordo e leio a seguinte manchete: "País adotará regras para reduzir uso de energia". Esta iniciativa é parte dos esforços que terão de ser empreendidos pela sociedade para atender as exigências de conservação de energia estabelecidas pelo governo, pois em 2008 começa a valer a determinação do planejamento energético nacional: economizar, até 2030, o equivalente à geração de duas hidrelétricas de Itaipu.

Entre as medidas preparadas pelo governo estarão a obrigatoriedade da União comprar apenas equipamentos eficientes (selo A do Procel), expansão do uso da energia solar e projetos arquitetônicos em prédios comerciais e públicos que priorizem menos consumo de ar-condicionado e iluminação. Para isto, discute-se a redução de impostos para o uso de energia solar e recursos do BNDES para as Indústrias produtivas que se valerem destes mecanismos.

Perceberam a janela que se abre para os projetos na área de TI Verde ? Mesmo que ainda não exista um tratamento direto do Governo para ações sustentáveis na área de TI, já dá prá perceber que o caminho está aberto e este cenário já é uma boa ajuda na argumentação com nossos "Sponsors" e outros influenciadores para um projeto neste sentido. Para os gestores de TI de empresas e órgãos públicos a conversa é ainda mais direta, pois, numa abordagem de Governança de TI, há claramente um alinhamento estratégico de ações como esta com o compromisso social, além da óbvia redução de gastos em um momento de necessidade de cortes nos gastos públicos.

Numa época de racionamento velado, a TI pode, sem dúvida, dar sua contribuição.

segunda-feira, 21 de janeiro de 2008

EFICIÊNCIA EM ENERGIA, MOTOR DAS INICIATIVAS "VERDES" EM TI

Mesmo com a ampla gama de iniciativas possíveis em projetos de TI Verde, as grandes empresas mundiais de tecnologia tem focado grande parte de seus esforços na eficiência do consumo de energia em Datacenters. No ano passado eu pude conferir aqui no Rio o Road Show da SUN Microsystems sobre eco-eficiência em Datacenters, onde ela apresentou, entre servidores que consomem menos energia e dissipam menos calor, o seu interessante projeto Blackbox (http://www.sun.com/emrkt/blackbox/index.jsp).

Da mesma forma, a HP, outra grande, também tem seu portfolio de soluções eco-eficientes em Datacenters. Já a IBM lançou em maio do ano passado o projeto "Big Green", grande jogada de marketing com o nome "Big Blue", maneira como a gigante de tecnologia é conhecida no mercado. Investimentos da ordem de 1 bilhão de dólares pretendem aumentar a eficiência dos produtos da IBM, com soluções que possibilitam reduzir em até 42 % o consumo de energia em um Datacenter. Para isto conta com um time global de 850 "arquitetos em eficiência de energia", o seu "Green Team". Da mesma forma que o "Chief Environmental Strategist" da Microsoft que citei numa postagem anterior, o "Energy Efficiency Architect" da IBM é um mercado que se abre aos profissionais de TI. E como também comentei sobre certificações à vista neste mercado efervescente, a mesma IBM saiu na frente em novembro de 2007 e lançou um programa de certificação em eficiência de energia, fornecendo aos seus clientes auditoria e benchmark para soluções "verdes" em seus Datacenters.

E aí, este mercado é ou não é promissor ?

"CHIEF ENVIRONMENTAL STRATEGIST" - QUEM SE HABILITA ?

Em uma notícia da Network World do dia 09 de janeiro, li sobre as iniciativas verdes que a Microsoft está promovendo em seu ambiente organizacional. Leia a notícia aqui. Entre caminhões movidos a biodiesel e Datacenters dotados de energia solar, chamou-me a atenção o recém-criado cargo de "Chief Environmental Strategist", ocupado na companhia de Redmont por Rob Bernard. Nós que vivemos na era dos "C's" (CEO, CFO, CIO, CSO, entre outros), agora ganhamos o CES. Segundo o próprio Bernard, sua função será fornecer mais estrutura, orientação e assistência para ajudar as pessoas a pensar sobre estes problemas e criar um ciclo de melhoria contínua. Fazer com que os funcionários tratem as questões de responsabilidade ambiental dentro do contexto de suas funções é o desafio que se apresenta para o CES da Microsoft, dentro e fora do ambiente de TI.

Interessante o perfil estratégico desta função dentro da companhia. Da mesma forma que nos últimos anos o papel do Security Officer ganhou força ao repensar os processos organizacionais sob a ótica da segurança da informação, os profissionais voltados às questões ambientais passam a olhar para a organização pelo viés da sustentabilidade. Do jeito que o mercado é ávido por certificações, não será surpresa o surgimento de uma especialização e um novo exame ao longo dos próximos anos. Na realidade, até já existe uma certificação para Datacenters, mas isso eu falo em outra postagem.

NOVA ORDEM MUNDIAL

Nesta primeira postagem, gostaria de dar as boas vindas a todos os visitantes e fazer uma breve reflexão sobre esta "Nova Ordem Mundial" que são os debates sobre as mudanças climáticas. Diariamente recebemos informações sobre decisões de líderes mundiais, as queimadas, o degelo nos pólos. As projeções mais pessimistas são contestadas por alguns especialistas, mas ninguém discorda em um ponto: precisamos fazer alguma coisa para mudar este quadro. Grandes companhias mundiais, como a Coca-Cola e o Wal-Mart, já possuem programas endereçando estas questões. No Brasil, muitas empresas viram que o marketing do compromisso ambiental é poderoso, e já temos por aqui desde o "Banco do Planeta" e até o Seguro com Carbono-Zero.

Segundo notícia da Reuters Interactive em 17 de janeiro deste ano, o investimento em tecnologias "verdes" no ano de 2007 chegou a 5 bilhões de dólares. O The Cleantech Group LLC (www.cleantech.com) informou que o investimento no mercado de energia alternativa na América do Norte e Europa foi de U$ 5,18 bilhões em 2007 contra U$ 3,6 bilhões em 2006. As companhias geradoras de energia foram as maiores beneficiadas com U$ 2,75 bilhões, e tecnologias como energia solar, energia eólica e biocombustíveis entre as mais cotadas. Segundo John Balbach, do Cleantech Group, "este mercado está começando a ganhar velocidade na medida que o número de tecnologias e soluções estão crescendo". Na sequência de investimentos estão companhias de armazenamento de energia e eficiência de energia. O crescimento previsto para estes investimentos é de 20 a 30 % ao ano, com muito foco em companhias na China e India.

Os dados estão lançados. E quando e como a TI vai entrar neste jogo ?

Isto é o que eu pretendo discutir neste espaço.